51º capitulo

Luan:
No domingo, depois de quase uma semana sem falar com minha pequena, nos acertamos. Depois de conversarmos no meu escritório, fomos nos juntar ao resto do pessoal. Quando olhamos pro lado vimos Anna e Juliano se agarrando num cantinho:

- Caramba amor, olha só os dois - Maria disse rindo.
- Todo dia eles trocavam mensagem, ele vivia falando dela - disse rindo - ele ta bem afim dela mesmo.
- Maria riu - e eu espero que de certo dessa vez, Anna não bate bem das ideias, não se da bem com o tal "relacionamento" - Maria disse fazendo gestos com as mãos.

O churrasco corria bem. Eu estava na roda com os amigos cantando, enquanto isso a Maria ajudava a minha mamusca a terminar de colocar o almoço na mesa. Estava feliz pois ambas se davam muito bem, acho que nunca vi minha mãe se dando tão bem com uma namorada minha. 

Anna:
Meu relacionamento com o Marcos durou por volta de quase 2 meses, ele era legal, engraçado, romântico, ciumento, enfim, isso não combinava muito com o meu estilo. Foi ai que eu conheci o Juliano, ele era um pouco mais velho que eu, mas não tanto. Ele tinha um estilo diferente, desapegado, maduro, fofo, sedutor, enfim, aquilo me encantou bastante. Rolando o churrasco, eu conversava com as meninas na rodinha que estava formada, vi quando Maria se juntou a nós, porem ela sumiu de repente, foi ai que o Juliano chegou querendo falar comigo, nos afastamos um pouco e começamos a conversar, quando fui surpreendida por um beijo. Achei que ele fosse ficar com receio de me beijar, pois da ultima vez que tentou fazer isso levou um belo tapa na cara, mas não. E eu não queria admitir, mas estava torcendo muito pra que isso acontecesse, dessa vez não iria recuar.

- To gostando de te conhecer, você é diferente, especial - Juliano disse passando a mão no meu rosto.
- Eu também to gostando muito de te conhecer - disse sorrindo.

Ficamos ali conversando mais um pouco, sobre a estrada, shows, trocávamos alguns beijos quando alguém tossiu perto de nos:

- O cambada, para de se agarrar um pouco e bora almoçar - Luan disse, meu rosto ficou azul de tanta vergonha.
- Luan eu já disse que você é um idiota? - falei com um sorriso irônico.
- Eu já disse que você é fofa? - Luan rebateu - A, mais com todo respeito viu Juju? - Luan ria, assim como Juliano. Fomos ate a mesa e nos juntamos com o resto do pessoal. 

Maria:
Ajudei a "sogrinha" a terminar o almoço, ela era um amor de pessoa, e o que parecia é que gostava muito de mim - mais um ponto pra mim, viva õ/ - O almoço rolou tranquilo, o Luan me apresentou para alguns que ainda não me conheciam pessoalmente. Os amigos do Luan, os tais produtores, tiveram que ir embora logo, pois tinham que resolver algo em São Paulo junto com o Sorocaba. Depois do almoço eu e o Luan nos sentamos perto da piscina, enquanto o pessoal fazia bagunça, o Luan estava de cara fechada:

- Amor, o que aconteceu? - perguntei afagando as mãos em seu cabelo.
- É aquele caboclo do Lucas em cima da minha irmã - Luan disse e eu comecei a rir.
- Amor para vai, ele parece gostar dela, assim como ela também parece gostar dele, sem ciumes né Lu, fora que ele é seu amigo.
- Tenho ciumes sim, é minha pirralha - Luan disse mais soltando um sorriso. Ele levantou e estendeu as mãos pra mim, nos aproximamos mais do pessoal. Luan começou a beber um pouco, na verdade ele estava passando dos limites. Rober saiu e em poucos minutos voltou com uma loira, ela tinha um corpão, era bonita:

- Essa aqui é a Bia, minha amiga - Rober apresentou .. maldita hora, os olhos do Luan se voltaram para a moça, ele estava babando nela.

- Que muié bonita em "Testa" porque não me apresentou essa gata antes? Acho que vou ficar solteiro de novo - Luan disse isso, meio que atropelando as palavras e rindo da situação, ele podia estar bêbado mais aquilo bateu como uma bala de calibre 38 no meu peito. Respirei fundo e sai dali, se ele quer beber, que beba, mas que controle suas palavras. Não me despedi de ninguém, sai disparada, fui a pé pra casa mesmo, escutei a Bruna e a Anna me chamando, olhei pra trás, mas não voltei. Já estava no final da tarde, era domingo, então não havia praticamente ninguém na rua. Andei tranquilamente, tentando colocar na minha cabeça que o Luan estava bêbado e por isso tinha falado aquilo, acho que aquela situação havia mexido tanto comigo, que eu senti que alguém estava me seguindo. Quando estava quase chegando ao prédio onde morava senti alguém puxando meu braço.


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